O gol da
vitória do Grêmio sobre o Botafogo levantou várias discussões nas redes
sociais e fora delas. Nosso blog não poderia ficar de fora do debate.
Acho
importante firmar minha posição a respeito do gol. O gol foi legítimo!
Primeiro, devemos mostrar o motivo pelo qual creio que não há polêmica
na validação do gol. Você já viu a jogada? Caso não tenha visto é bacana
que veja antes de prosseguirmos o debate. ( Segundo gol do Grêmio)
Há duas maneiras de interpretar esta jogada. Nas duas interpretações o gol será legal.
1. A
origem da jogada é o jogador do Grêmio que cabeceia a bola que ainda
rebota em Bolivar e vai para os atacantes. Kleber em posição de
impedimento começa seu movimento em direção a bola mas percebe a chegada
de Vargas vindo de trás e “desiste” do lance. Vargas chuta a bola e faz
o gol.
Antes do
dia 1º de Julho (data da entrada das alterações na lei do jogo) até
poderia gerar alguma discussão se o movimento de Kleber teria ou não
interferido em algum adversário. Hoje, não há discussão sobre o fato. O
motivo de afirmar com tanta convicção que o gol é legal é o fato de a
FIFA ter retirado do livro de regras termos como “fazer gestos ou
movimentos que confundam o adversário” e ter escrito textualmente:
Interferir em um adversário significa impedir que um adversário jogue ou possa jogar a bola, obstruindo claramente o campo de visão do adversário ou disputando a bola.
Neste
caso, fica claro que o jogador do Grêmio em posição de impedimento
(Kleber) não estava “claramente” na frente do campo de visão do goleiro
do Botafogo e não disputou a bola com ninguém. Portanto, Vargas, em
posição legal, faz o gol que corretamente é validado.
A confusão
que ocorreu deu-se pelo fato de uma marcação apressada do assistente
que claramente ergueu seu instrumento equivocadamente quando viu o
“início” do deslocamento de Kleber para a bola. Faltou ao assistente
aplicar o conceito do ver, esperar e decidir. O
central, acertadamente apontou o centro confirmando o gol e, instantes
após o próprio bandeira viu seu equívoco. Aqui, cabe relatar que a
partida só é paralisada no apito do árbitro e, portanto a interferência
indevida do assistente é desconsiderada.
2. A
origem da jogada é Bolivar que cabeceia a bola no centro da área: Neste
caso, com a bola vindo do defensor, ninguém estaria desabilitado (nem
mesmo Kleber).
Mas, aqui
irá residir uma discussão que será corriqueira daqui para frente caso a
FIFA não seja incisiva e coerente em suas interpretações. Vejamos se,
você considera BOLIVAR como origem da jogada ou o toque no defensor do
Botafogo, na sua opinião, é interpretado como rebote.
Vejam este
vídeo educativo da FIFA que considera que o atleta defensor “buscou” o
jogo e portanto é a origem da jogada. Não leve em conta um erro técnico
pois este termo não consta na regra. Caso você considere esta jogada
“igual” a de Bolivar, o defensor deve ser considerado a origem da jogada
e “até” Kleber poderia fazer o gol. Agora, caso você veja diferença nas
ações e considere que no caso de Bolivar o “jogo veio até ele” que
simplesmente pulou tentando alcançar a bola e não conseguiu, então você
considera que a bola rebotou no mesmo e a origem da jogada é a cabeçada
inicial do atleta do Grêmio.
Fonte: Blog do Gaciba
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