terça-feira, 16 de julho de 2013

COM OU SEM POLÊMICA?

O gol da vitória do Grêmio sobre o Botafogo levantou várias discussões nas redes sociais e fora delas. Nosso blog não poderia ficar de fora do debate.
Acho importante firmar minha posição a respeito do gol. O gol foi legítimo! Primeiro, devemos mostrar o motivo pelo qual creio que não há polêmica na validação do gol. Você já viu a jogada? Caso não tenha visto é bacana que veja antes de prosseguirmos o debate. ( Segundo gol do Grêmio)


Há duas maneiras de interpretar esta jogada. Nas duas interpretações o gol será legal.
1. A origem da jogada é o jogador do Grêmio que cabeceia a bola que ainda rebota em Bolivar e vai para os atacantes. Kleber em posição de impedimento começa seu movimento em direção a bola mas percebe a chegada de Vargas vindo de trás e “desiste” do lance. Vargas chuta a bola e faz o gol.
Antes do dia 1º de Julho (data da entrada das alterações na lei do jogo) até poderia gerar alguma discussão se o movimento de Kleber teria ou não interferido em algum adversário. Hoje, não há discussão sobre o fato. O motivo de afirmar com tanta convicção que o gol é legal é o fato de a FIFA ter retirado do livro de regras termos como “fazer gestos ou movimentos que confundam o adversário” e ter escrito textualmente:
Interferir em um adversário significa  impedir que um adversário jogue ou possa jogar a bola, obstruindo claramente o campo de visão do adversário ou disputando a bola.
Neste caso, fica claro que o jogador do Grêmio em posição de impedimento (Kleber) não estava “claramente” na frente do campo de visão do goleiro do Botafogo e não disputou a bola com ninguém. Portanto, Vargas, em posição legal, faz o gol que corretamente é validado.
A confusão que ocorreu deu-se pelo fato de uma marcação apressada do assistente que claramente ergueu seu instrumento equivocadamente quando viu o “início” do deslocamento de Kleber para a bola. Faltou ao assistente aplicar o conceito do ver, esperar e decidir. O central, acertadamente apontou o centro confirmando o gol e, instantes após o próprio bandeira viu seu equívoco. Aqui, cabe relatar que a partida só é paralisada no apito do árbitro e, portanto a interferência indevida do assistente é desconsiderada.
2. A origem da jogada é Bolivar que cabeceia a bola no centro da área: Neste caso, com a bola vindo do defensor, ninguém estaria desabilitado (nem mesmo Kleber).
Mas, aqui irá residir uma discussão que será corriqueira daqui para frente caso a FIFA não seja incisiva e coerente em suas interpretações. Vejamos se, você considera BOLIVAR como origem da jogada ou o toque no defensor do Botafogo, na sua opinião,  é interpretado como rebote.
Vejam este vídeo educativo da FIFA que considera que o atleta defensor “buscou” o jogo e portanto é a origem da jogada. Não leve em conta um erro técnico pois este termo não consta na regra. Caso você considere esta jogada “igual” a de Bolivar, o defensor deve ser considerado a origem da jogada e “até” Kleber poderia fazer o gol. Agora, caso você veja diferença nas ações e considere que no caso de Bolivar o “jogo veio até ele” que simplesmente pulou tentando alcançar a bola e não conseguiu, então você considera que a bola rebotou no mesmo e a origem da jogada é a cabeçada inicial do atleta do Grêmio.
Fonte: Blog do Gaciba

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